Fórum do Meio Ambiente
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Debate define estratégias para conservação de espécies ameaçadas

Ir para baixo

Debate define estratégias para conservação de espécies ameaçadas Empty Debate define estratégias para conservação de espécies ameaçadas

Mensagem  otto 23.10.11 10:47

Basketball
Como diz o hino nacional "Gigante pela própria natureza". Mas está na hora de preservar para manter toda essa riqueza.

Citação:

"Debate define estratégias para conservação de espécies ameaçadas


Qual é a dimensão da biodiversidade brasileira? Cientistas e pesquisadores ainda não podem afirmar, mas sabe-se que, até o momento, o número de espécies desconhecidas é maior que o de já identificadas. Estima-se que o território nacional abrigue cerca de 210 mil espécies, sendo 134 mil de animais e 49 mil de plantas.

No entanto, uma quantidade cada vez maior de espécies encontra-se em estado de extinção, devido à perda de habitat, exploração indevida de recursos naturais, desmatamento, queimadas, poluição e outros fatores.

Atualmente, existem 627 espécies da fauna brasileira que correm o risco de desaparecer e constam da chamada Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção. Cerca de 60% delas estão em territórios protegidos, e aproximadamente 75% das áreas federais de conservação abrigam estas populações.

As unidades de conservação e os planos de ação das espécies ameaçadas são considerados alguns dos principais instrumentos para a preservação da biodiversidade. “Associando estas estratégias conseguimos evitar que as populações destes animais sejam extintas”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em colóquio nacional no Senado Federal sobre proteção de espécies ameaçadas de extinção, realizado na sexta-feira (15).

De acordo com a ministra, até 2014, o MMA pretende concluir os planos de ação de todas as espécies da fauna em estado de ameaça, e até o final deste ano, cerca de 35% destes planos devem ser finalizados.

“A gestão adequada de espécies inclui o uso sustentável dos componentes da biodiversidade, o acesso do público às áreas de preservação e um amplo processo de participação científica, além de mais pesquisas. Temos que avançar em metodologias inovadoras, novos modelos de mercado e desenvolver uma visão estratégica sobre as bacias de ativos florestais”, avalia a ministra.

Izabella acrescentou que existe uma nova agenda de conservação para 2020, e que o Brasil deve trabalhar com toda a sociedade e instituições de pesquisa para oferecer uma nova visão de proteção da biodiversidade, de acordo com as orientações das Metas de Aichi, estabelecidas em Nagoya (Japão) durante a última Conferência da Diversidade Biológica (CDB).

O senador Rodrigo Rollemerg (PSB- DF), reforça o coro de que o desafio de conservação da biodiversidade não é um compromisso apenas dos ambientalistas, mas de todos os setores da sociedade.

“Este tema merece uma atenção importante, especialmente no momento em que discutimos o Código Florestal e as causas de destruição das espécies e dos ecossistemas”, disse o senador.

Durante o colóquio, os participantes também debateram os modelos jurídicos e a Política Nacional de Conservação da Biodiversidade, além da relação entre economia e diversidade biológica.

O evento foi promovido pelo MMA, União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e Senado Federal, e contou com a participação de representantes do Governo Federal, Ong’s ambientalistas e sociedade civil.

Gigante pela natureza - O Brasil é responsável pela gestão do maior patrimônio genético do mundo, sendo considerado o País mais rico em biodiversidade do planeta. Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, a cada ano são descritas cerca de mil novas espécies no País. “Talvez possamos gastar cerca de mil anos para descrever toda a nossa diversidade biológica”, avalia.

Ele afirmou ainda que a estratégia nacional de biodiversidade está em fase de atualização, e que há a intenção de se estabelecer um fórum brasileiro voltado para o tema.

No entanto, Dias alerta que, de acordo com o terceiro relatório do estudo Panorama Global da Biodiversidade, nunca houve tanta perda da diversidade biológica no mundo como nos últimos 50 anos.

“Se somarmos a perda de ecossistemas por desmatamento, poluição, aumento da população demográfica e do consumo aos impactos de mudança climática, os prováveis cenários para as próximas décadas são de esgotamento de recursos ambientais e extinção em massa de espécies”, argumentou.

De acordo com o secretário, o quarto relatório do Instituto Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC/sigla em inglês) estimou que, se não for revertida a situação de aumento dos gases de efeito estufa, poderemos perder nas próximas décadas um terço de toda a biodiversidade do mundo, considerando-se apenas as mudanças climáticas.

Dias acrescenta que existem muitos exemplos locais de conservação exitosos, e que ainda é possível recuperar e conservar espécies que estão em situação muito critica, desde que os diferentes setores da sociedade empreendam um esforço conjunto, de forma associada. “Nosso maior desafio é conciliar os interesses de conservação e desenvolvimento”, conclui".

(Fonte: Carine Almeida/MMA).
affraid
otto
otto
Administrador do forum
Administrador do forum

Mensagens : 425
Data de inscrição : 13/10/2010

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos